Desde à meia dúzia de anos iniciou-se a criação de equipas B de seniores, variados clubes tentaram migrar o conceito utilizado nos vários escalões de formação passando-o para os seniores. No entanto este acto não tem sido caracterizado pela coerência por parte dos clubes, havendo entendimentos e interpretações que não tem sido as mais correctas.
Voltando ao conceito das equipas B na formação, elas apareceram para dar espaço e tempo de jogo a atletas que não o tenham na equipa A, combatendo assim a desistência de muitos atletas que procuram a modalidade para jogar e não apenas para treinar. Outra das utilidades das equipas B na formação é servir de antecâmara a um novo escalão, esta funcionalidade é extremamente pedagógica no entanto com algumas reservas que assinalarei adiante. É de profundo interesse da modalidade que atletas de 1º ano de qualquer escalão de formação tenham uma competição de características muito próprias, e que conte apenas com atletas do mesmo ano de nascimento salvo raras excepções. As reservas que coloco são relacionadas com clubes que criam equipas B sem capacidades logísticas para o fazerem, e sobretudo sem atletas suficientes.
No escalão de seniores a questão assume contornos ligeiramente diferentes. O conceito primário é o mesmo, permitir aos atletas que não possibilidade de jogar na equipa A continuar a jogar. No entanto para determinados dirigentes esta ideia não chega, é preciso algo mais, vitórias, troféus. E é aqui que é adulterado o conceito de equipa B, quando é preciso ganhar lá vem os craques da equipa A (com tempo e protagonismo de jogo mais que suficiente na equipa A), alguns clubes chegam mesmo a criar equipas satélite de modo a contornar de forma modelar determinados regulamentos. E agora pergunto, que pensarão os atletas da equipa B quando contemplam os atletas da equipa A a usurpar-lhes o tempo de jogo na “sua” equipa, aquela que foi criada para lhes dar tempo de jogo.
Outro conceito embora mais recente, é dos clubes criarem equipas B em detrimento do escalão de Juniores A, uma questão pertinente que merece reflexão pois pode estar em causa a competitividade e o próprio escalão.
Posto isto, que futuro terão as equipas B?